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sexta-feira, 29 de abril de 2011

1ª Mostra de Arte das Favelas

O projeto visa mapear e divulgar iniciativas artísticas e culturais localizadas em favelas e comunidades de baixa renda do Rio de Janeiro.

Saiba mais acesse: http://mostradeartesdasfavelas.blogspot.com/

sexta-feira, 22 de abril de 2011

arte naif Antônio Poteiro

Antônio Poteiro
10 de outubro de 1925 (
Santa Cristina de Pousa- Portugal)
8 de junho de 2010 (Goiânia - Brasil)







Antônio Batista de Sousa (Antônio Poteiro) nasceu em Santa Cristina de Pousa (Portugal) no ano de 1925.

Chegando ao Brasil em criança, morou sucessivamente em São Paulo e Minas Gerais, viveu ano e meio na Ilha do Bananal entre os Carajás e, finalmente, radicou-se em Goiânia.

Ganhando a vida como fabricante de cerâmica utilitária (de onde lhe adveio o epíteto de Poteiro), aos poucos foi imprimindo qualidade artística a seus potes, estimulado por Antonio de Melo e pela pintora e folclorista Regina Lacerda.

Com o passar dos anos muitos de seus potes assumiriam a condição de autênticas esculturas em cerâmica, superando pela carga estética sua condição primeira de simples recipientes caseiros para revelar, na forma cada vez mais complexa e na elaborada ornamentação, uma imaginação dominada pelo insólito e o fantástico.

Passando posteriormente a pintar, a conselho de Siron Franco e de outros artistas goianos, carreou para a pintura os mesmos elementos utilizados em suas peças cerâmicas, priorizando uma temática nascida do sonho e do pesadelo, antes de que apreendida diretamente da realidade concreta.

É, dentre os artistas brasileiros, dos mais conhecidos e apreciados no exterior, em função do enorme número de exposições internacionais de que tem participado desde 1972.

Estranha figura de barbas longas como as de um profeta bíblico, leitor constante das Sagradas Escrituras e conhecedor da História, sob a aparência singela e o despojamento quase desleixado esconde-se um autêntico criador de formas, dotado de uma visão pessoal e que por isso mesmo soube dar corpo a um mundo-de-idéias que não se assemelha ao de nenhum outro artista.

Como a seu respeito escreveu Frederico Morais em 1983:

«O mundo que Poteiro constrói em seus quadros e cerâmicas é rigorosamente lógico, a começar pela sua simetria. Nele temos o céu e a terra, o alto e o baixo, a esquerda e a direita, o dentro e o fora, Deus e o diabo, o bem e o mal, o leve e o pesado.

«São vários níveis, planos, andares. Há o mundo de dentro (Poteiro põe um presépio dentro de um chapéu de couro nordestino, imagem que lembra uma nave ou gruta) e o de fora".

Fonte: CD-Rom «500 Anos de Pintura Brasileira»

Saiba mais acesse: http://www.antoniopoteiro.com/

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Alexandre Filho, arte naif.


Manuel Alexandre Filho
Bananeiras-PB, 1932. Vive e trabalha em João Pessoa.

Pintor naif. Autodidata. Trabalha na lavoura até os 17 anos, não chegando a concluir o curso primário. Em 1964 muda-se para o Rio de Janeiro, onde começa a pintar. Exp. ind.: Galeria Meia Pataca (Rio de Janeiro, 1970); Galeria do Banco Andrade Arnaud (Rio de Janeiro, 1971); Galeria Eucatexpo (Rio de Janeiro, 1978); Galeria Gamela (João Pessoa, 1983); Theatro Santa Roza (João Pessoa, 1987); Escritório de Arte da Paraíba (João Pessoa, 1993); 30 Anos de pintura (Falcone Artes & Objetos, João Pessoa, 1995). Exp. col.: XV Salão de Arte Moderna (Rio de Janeiro, 1967); I Bienal Nacional de Artes Plásticas da Bahia (Salvador, 1967); MIS (Rio de Janeiro, 1967); Consulado Geral do Brasil (Nova York/EUA, 1967); Galeria Lirismo Brasileiro (Lisboa/Portugal, 1967); Galeria Debret (Paris/França, 1967); Courtney Gallery (Texas/EUA); Mannhein Gallery (Londres/Inglaterra, 1967); Galerie Isy Brachot (Bruxelas/ Bélgica, 1974); Encontro Brasil-Uruguai de Arte Naif (Montevidéu/Uruguai, 1977); Pintores populares y grabadores do Brasil (Instituto Nacional de Bellas Artes, México); Rio Design Center (Rio de Janeiro, 1986); Gabinete de Arte Brasileira (Recife, 1987); Miniaturas (Galeria Gamela, 1988); Paço Imperial (Rio de Janeiro, 1988); I Arte atual paraibana (Funesc, 1988); II Paixão de Cristo em Art-Door (João Pessoa, 1990); Arte naiff: arte do povo (Centro Cultural São Francisco, João Pessoa, 1991). Obras nos acervos: MAAC (Campina Grande); Museu Internacional de Arte Naif do Brasil (Rio de Janeiro); Musée D’Art Naif de L’ile de France (Paris/França); Fundação Paschoal Carlos Magno (Niterói-RJ); Museu da Pampulha (Belo Horizonte); Museu Municipal Fernando da Cunha Lima (Guarabira-PB); Pinacoteca da UFPB (João Pessoa); Subsecretaria de Cultura da Paraíba. Em 1968 participa do Festival de Arte Negra, na Nigéria. É citado nos livros: Dicionário de artes plásticas do Brasil [Roberto Pontual] (Editora Civilização Brasileira, 1970), Les proverbes vus pars les peintres naïfs [Anatole Jakovsky] (Editora Max Fourny, Paris, 1973); La chanson traditionnelle et les naïfs [Roger Blanchard] (Ed. Max Fourny, 1975); Dictionarie des peintres naïfs du monde entier [Anatole Jakonsky] (Editora Basilius Press, Suíça, 1976); Aspectos da pintura primitiva brasileira [Flávio de Aquino e Geraldo Édson de Andrade] (Editora Spalla, 1979); Arte do Nordeste (Editora Spalla, 1986); O mundo fascinante dos pintores naifs [Lucien Finkelstein] (Editora Mian, 1987). Em 1975 volta à Paraíba, para residir em Guarabira, onde permanece por 10 anos. Depois, volta a residir definitivamente em João Pessoa.

“A arte de Alexandre Filho abre nosso olhar para visões de um paraíso terrestre. Entre anjos, pássaros coloridos, árvores, flores e frutos as feras convivem serenas com Adão e Eva, barrocos, infantis e imaculados. Sua pintura é encantada, plena de signos de felicidade como são as faianças e azulejos sírios, persas e caucasianos em que a atmosfera edênica é a imagem de um mundo de paz, conforto e abundância. (...) Alexandre é um artista verdadeiro, criou uma linguagem própria, um alfabeto visual original composto de acordes cromáticos riquíssimos, estrutura simbólica universal e técnica inconfundível. Quando falamos de patrimônio cultural, costumamos nos referir a obras de arte, móveis, utensílios e edifícios de pedra e cal. Geralmente, esquecemos de acrescentar o único e importante patrimônio que é o homem. É este o patrimônio que mais importa: o artista vivo, dono de sua linguagem, senhor de sua arte como é Alexandre. Um patrimônio dos paraibanos, principalmente de seus amigos que têm a sorte de vê-lo pintar com tanta pureza e verdade como fazia há trinta anos.” (Raul Córdula, ABCA/AICA)

fonte: [catálogo II Arte atual paraibana, Funesc, 1990; outros catálogos]


S/T, acrílica sobre tela, 80x80cm, 2000





Com mais de 85 exposições coletivas e individuais, 15 delas fora do Brasil, Alexandre Filho é o nome mais significativo da pintura Naif da Paraíba. Seus quadros ilustram exposições permanentes em 8 museus no Brasil e no mundo e é citado 21 livros catálogos, cinco deles internacionais, distribuídos por mais de 35 países.

Segundo o próprio autor, a temática de seus quadros é eclética e universal. "Eu não escolho o ambiente ou personagens, a pintura sai da inspiração do momento", destacou Alexandre. As obras do pintor possuem um notável simbolismo da imagem, sem que se possa perceber a origem do local ou a ambientação específica.